Se meu pai fosse um livro ou um filme, sem dúvida o título seria: “Um Homem Bom”. Encho-me de orgulho quando até hoje as pessoas me reconhecem como filho dele e começam a lembrar os velhos tempos citando o quanto ele era generoso, honesto, dono de um coração enorme. Sempre me convenci que sua bondade era tanta que Deus não aceitou deixá-lo na terra, certo de que seu verdadeiro lugar era ao lado Dele. É claro que já me revoltei, indignei, tentei entender o “porque?”, me senti injustiçado, principalmente pela forma trágica como o perdi (já citado em outro post). Mas meu consolo sou eu mesmo...minha esposa, minha família, meus filhos, afinal em grande parte só somos o que somos graças a ele. Sempre fiz de tudo para que se orgulhe de mim, de onde quer que esteja me olhando. Acho que tenho conseguido, mas o fim das saudades e a certeza da resposta só virão quando nos reencontrarmos lá em cima. Lembro-me muito bem, numa conversa com minha esposa, em que ela reclamava me contando no carro de uma briga com seu pai...e de repente comecei a chorar. O motivo do choro é que a primeira coisa que me veio a cabeça foi: “Pelo menos você tem um pai pra brigar!”. Se você ainda tem um, valorize-o, não espere até domingo pra dizer que o amo, pois eu perdi o meu do dia pra noite, e muitas coisas ficaram “não ditas”!
Essa foto foi tirada quando meus pais estavam de partida para uma viajem pela Europa por 30 dias. Sem dúvida foi a realização de um sonho deles. Eles voltaram felicíssimos e ele morreu alguns dias depois! Fiz questão de colocar uma foto com minha mãe junto, pois ela (antes e depois) sempre também desempenhou um pouco papel de pai. Eles sempre se completaram, como um verdadeiro casal deve ser.
Obrigado Pai. Espero que sinta meu abraço e um beijo em seu rosto de onde estiver.
Te Amo.